Mágico de Oz

Era uma vez uma menina chamada Dorothy que morava numa cidadezinha no interior do Kansas.

Dorothy não era exatamente a mais sociável das meninas, mas por conta de suas feições juvenis, algumas pessoas se confundiam na hora de entender a princesa.

Não bastasse ter 20 anos, Dorothy tinha cara e conteúdo de 16.

E isso causa uma ilusão na cabeça de algumas pessoas, gerando um julgamento mais brando nas ações da menina defeituosa.

Um dia, a pequena princesa foi arrastada por uma enchente. Indo parar no fantasioso mundo de Oz.

Há boatos que depois de se molhar muito na enchente, a menina nunca mais quis entrar de baixo d´água.

Mas fato é que por lá, Dorothy conheceu novos amigos e enfrentou dificuldades extremas. Como por exemplo ter de comer apenas arroz com feijão.

Pra voltar pra casa, a pequena menina deveria atravessar toda estrada dos tijolos amarelos.

Mas se engana quem pensa que o caminho seria fácil. Dorothy tinha que fugir da bruxa má do oeste, que jogou um feitiço do xibaba, transformando a menina num caramujo.

Pobre Dorothy.

Logo ela que pensava que as grandes dificuldades da vida eram fugir do goleiro gato da seleção.

Mas ao trilhar a estrada dos tijolos amarelos, a princesa conheceu novos amiguinhos:

Espantalho

Um sujeito de muito coração, mas que não tinha cérebro.

Emotivo, ranzinza, brincalhão, inconveniente…

O Espantalho era o lado humano do trio. Um cara com pouco filtro nas ideias, mas com muita paciência pra aturar a menina Dorothy.

Com um linguajar truncado, o Espantalho errava no plural das palavras, mas acertava na singularidade dos seus atos. Se sacrificando pra servir de escada pros outros amigos.

Talvez, se tivesse um cérebro, ele entenderia que é preciso se colocar em destaque, caso queira vencer nesse jogo.

O Homem de Lata

Ao contrário do Espantalho, o Homem de Lata era muito inteligente. Mas ele não tinha um coração.

Tudo e absolutamente tudo que o Homem de Lata fez em sua jornada era pensado e ensaiado na sua cabeça.

Um personagem que foi perdendo a humanidade ao longo da estrada dos tijolos amarelos.

No início, ele parecia um homem. Mas com o tempo, perdeu a espontaneidade e o jeito zen, se tornando quase que um robô, sempre pensando no que seria mostrado nos VTs.

O Homem de Lata não tem coração. Tolos são aqueles que realmente acreditam que seu casal com Doroty vai durar mais do que 30 segundos, fora de Oz.

Leão Covarde

O Leão era inteligente, como o Homem de Lata.

O Leão tinha coração, como o Espantalho.

Mas o Leão não tinha coragem…

Enquanto Dorothy, Espantalho e Homem de Lata estão quase chegando no final de sua aventura, o Leão nem deu o primeiro passo na estrada dos tijolos amarelos.

Faltava ao Leão ter postura, posicionamento e sede de vitória.

Dorothy apesar de muitos erros, era a mais ambiciosa dos quatro viajantes. Mimada, mas determinada. Ela queria encontrar o pote de ouro no final da nuvem rosa.

Durante toda a viagem pela estrada dos tijolos amarelos, percebemos que o importante para abocanhar o premio de Oz era se expor.

Mostrar alguma atitude que cativasse um público que defendesse seus preferidos até a grande final.

E isso, o Leão não fez.

Vem ser educado, aqui fora. Vem ser bondoso, aqui fora.

Mas aqui fora…

Porque Oz não é um mundo pra quem se esconde. Leão que dorme, a onda leva.

E viva os espantalhos que votam nos mutirões!